segunda-feira, dezembro 14, 2009

Demônio 1: A Fada Azul - Série Os 7 Demônios da Pós-Modernidade

Talvez a modernidade, com seu individualismo solitário, racionalismo arrogante, ceticismo crítico e ateísmo, fosse mesmo um demônio que devesse ser exorcizado. Mas como Jesus ensinou, a menos que esse demônio seja substituido pelo Espírito Santo, nos encontraremos num profundo atoleiro de estrume, porque sete novos demônios tomarão seu lugar. Depois de muito anos de conversas com pastores de diversas partes do país, inclusive com alguns indubitavelmente mais importantes líderes da igreja emergente, identifiquei sete demoônios perturbadores que entraram na igreja e causaram ferimentos fatais aos que ministram na vanguarda. À medida que caminhamos pelo lamaçal da cultura, precisamos evitar as armadilhas espalhadas por esses demônios, para podermos dar continuidade aos negócios do reino.

Demônio 1: A fada azul

Jesus não é um senhor simpático vestindo cardigã de lã abotoado na frente e chinelos, que canta músicas engraçadas enquanto embarca todo mundo num bonde que vai para o bairro do faz-de-conta, para encontrar o King Friday, como se fosse um clone do Mr. Rogers(1).

Esse deus popular, castrado e desmunhecado da cultura pop é como uma fada que deseja abençoar todo mundo, que não se importa se você se dirija a ela como ele/ela/isso/eles, que não se enraivece e nunca fala sobre pecado ou em mandar alguém pro inferno.

Entretanto, tenho encontrado muitos pastores jovens e cristãos - os quais não aceitam que o Evangelho seja a pedra de tropeço simples e ultrajante que é - que cada vez mais confundem esse mítico personagem com Jesus. Por isso, eles reinventam Jesus, transformando-o em uma fada com cabelo lisos e meia-calça lilás, e retiram a espada da revelação de sua mão e substituem por uma margarida.

Talvez esse fenômeno tenha sido melhor articulado pelo importante filósofo não-cristão do pós-modernismo e professor da universidade de Stanford, Richard Rorty. Rorty afirma que "Muito me agrada que os teólogos liberais façam tudo o que podem para fazero que Pio Nono disse que não deveria ser feito - tentar acomodar o Cristianismo com a ciência moderna, a cultura moderna e a sociedade democrática. Se eu fosse um cristão fundamentalista ficaria chocado com a monotonia da sua versão de fé cristã. Porém, como um não-cristão horrorizado com as barbaridades cometidas por muitos cristãos fundamentalistas (como, por exemplo, a sua homofobia), ainda fico com o Liberalismo teológico. Quem sabe, os teólogos liberais, eventualmente, venham a produzir uma versão tão insípida do Cristianismo que ninguém mais tenha interesse em ser cristão. E se assim for, algo terá sido perdido, mas, provavelmente, muito mais terá sido ganho."
Quando nosso alvo passa a ser inovação, ao invés de fidelidade, inevitavelmente nos transformamos, basicamente, em um novo tipo de herético que consegue acomodar Deus e seu Evangelho até o ponto em que, como disse Paulo aos Coríntios, teremos outro Evangelho e um Jesus diferente.

Vivemos numa época cada vez mais voltada para a espiritualidade, mas o povo de Deus não deve, de modo algum, achar que isto seja uma indicação de que os perdidos que acreditam na Fada Azul estejam um pouco mais próximos do Deus verdadeiro do que os ateus assumidos da geração anterior estiveram.

Por isso, sempre que trabalharmos entre culturas que valorizam as novas tendências, não devemos nos esquecer de que o reino valoriza muito mais as eternas verdades do pecado, do arrependimento e da fé, que levam às boas obras.

(1) Referência ao pastor presbiteriano Fred Rogers, apresentador do programa infantil Mister Roger's Neighborhood, que foi ao ar na televisão americana de 1968 a 2001, o qual detém o recorde de programa que mais tempo durou no canal PBS, com 998 episódios. As venturas se passavam no bairro faz-de-conta, onde os personagens circulavam num bondinho vermelho. King Friday é o fantoche que representa o reio do bairro.



Trecho extraído do livro Reformissão, por Mark Driscoll

6 comentários:

  1. Qualquer Jesus, que não seja aquele descrito nos 4 evangelhos, não Salva.
    A relativização de Cristo é tentativa de subverter o seu poder para Salvar o homem... e no final das contas sabemos que é isso o que o diabo quer.

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  2. Em resumo esse falso evangelho pregado hoje em dia é uma arma de satanás usada para destruir o cristianismo, com o propósito de fazê-lo desaparecer... não há como ficar sentado olhando, e não fazer nada!!
    Em Judas 1:3 somos exortados a "batalhar diligentemente" ... que tal tirarmos o 'pôpô' do sofá (ou da cadeira da igreja) e agirmos???

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  3. O homem tenta criar Aquele que o criou...

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  4. Tatty, li em algum lugar que Pascal bem disse: “Deus criou o homem à sua semelhança e o homem em retribuição criou Deus à sua imagem”.
    Esse é só o primeiro dos sete demônios tem muito mais por vir! O cara analisou a igreja dos EUA, e podemos perceber que aqui no Brasil estamos no mesmo rumo. Tenebroso, impressionante o que virá por ai! Aguarde!

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  5. É Filipe,a situação tá "preta"!

    Só a Graça de Deus mesmo....

    Rapaz, gostei deste livro viu.....

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  6. preciso ler esse livro
    fiquei interessado!

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