quinta-feira, dezembro 17, 2009

Demônio 4: de volta da criação para o ex nihilo*- Série Os 7 Demônios da Pós-Modernidade



A modernidade foi um grande projeto de construção cujo alvo era construir uma sociedade utópica para a glória do homem, projeto esse similar ao da Torre de Babel. Essa demonstração de orgulho, combinada ao mito darwiniano do progresso humano, foi o combustível para a criação de nações, escolas, organizações, religiões e denominações, que caracterizaram a era moderna pela criação de instituições que moldariam os indivíduos que ajudariam a humanidade.

Mas o que a era moderna não levou em conta foi a pecaminosidade humana. O que lhe faltou foi uma visão transcendente do que pecadores precisam para ter uma vida melhor. Assim, o projeto modernista transformou-se num banho de sangue. Mais pessoas foram mortas no século vinte do que em toda a história da humanidade, devido às diferentes visões que disputavam a preeminência.

Cansada dos conflitos e guerras, a pós-modernidade surge como uma reação negativa à modernidade, ao invés de uma visão positiva de uma alternativa melhor. Em sua forma mais simples, ela é o que os filósofos estão chamando de desconstrução, o que, em linguagem acadêmica, significa que algumas pessoas, como as criancinhas, têm prazer em quebrar as coisas, desmontando-as. Porém, a desconstrução é mais fácil do que a construção e a desconstrução, sem um plano de reconstrução, leva ao desabrigo. As culturas, como as casas, servem para abrigar as pessoas, mas as culturas que não sejam apropriadas para servir de residência precisam ser demolidas, como fazemos as casas abandonadas. Mas, nesse caso, é necessário que haja um arquiteto para criar a visão de algo melhor ou muita gente ficará desabrigada. É este senso de desamparo que permeia a vida daqueles que resolveram desconstruir Deus, as Escrituras, os gêneros, o pecado, o significado da vid e tudo mais que encontram pela frente.

Os cristãos, especialmente seus líderes jovens, muitas vezes, são tão influenciados por toda essa lamúria pós-moderna que sua fé acaba sendo definida, em grande parte, pelo que são, ao invés de pelas suas convicções. Eles são capazes de expor, com veemência, sua oposição às megaigrejas e a todos e qualquer tipo de Cristianismo que encontrem. Mas, toda vez que são inquiridos sobre o que defendem, encaram a pergunta com um vazio no olhar, por não terem uma resposta.

Infelizmente isso também explica qual a razão de muitas igrejas e ministérios cristãos que se alinharam com o pensamento pós-moderno continuarem insulares, pequenos, críticos e pessimistas, substituindo a missão de Deus por uma indisposição cultural.

Muitas críticas ao Cristianismo moderno são legítimas e tremendamente necessárias. Todo movimento de Deus para redimir a cultura começa com um sentimento de frustração e como uma reação. Ms essa reação e frustração são fases que deveriam ser rapidamente ultrapassadas, como a puberdade, para que a maturidade, a visão, a missão e a esperança do Evangelho venham a se transformar nas questões fundamentais para o povo de Deus em reformissão. Temos que tentar fazer mais do que criticar a obra dos outros, ajudando a cultivar uma contracultura do reino no lugar onde vivemos.

Trecho extraído do livro Reformissão, por Mark Driscoll

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