quarta-feira, dezembro 02, 2009

Todo crente precisa da tal "conversão"?




Certa vez ouvi dizer que um crente, criado na igreja, não precisou ter uma experiência de conversão, por que nunca tinha ido ao “mundo”.

Bom, para explicar, o crente usou um exemplo dizendo que nunca fumou, nunca bebeu, etc..

E por isso não precisou se converter dos seus maus caminhos.

Sendo uma “conversão” a mudança de direção, aparentemente o crente criado na igreja e que nunca se desviou talvez não precise dessa experiência, não é?

Na aula de batismo para as crianças damos o exemplo do carro: “Seu papai está dirigindo em direção a São Paulo, porém avista uma placa dizendo que a estrada leva a Minas Gerais, o que seu papai precisa fazer?” Eles então respondem ”mudar de direção” Então explicamos que isso também é chamado de “conversão”.

Por que uma criança que provavelmente nunca bebeu, nunca fumou, precisa compreender sobre conversão? Será que é para prepará-la caso se desvie da “igreja”?

Um assunto tão vital como esse deve ser tratado com carinho e atenção, por isso vejamos o que a Palavra de Deus nos diz.

Em Romanos, capítulo 3, Paulo explica o que o pecado original fez a nossa natureza:

“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” (v10-12)

Então perguntamos: Mas Paulo, e se eu nunca bebi, nunca fumei, nunca matei, nunca adulterei, nunca roubei, nunca fiz nada de “errado”, até porque meus pais me ensinaram isso desde criancinha, isso serve para mim também?

Paulo responde:

“ Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. ” (v19,20)

Então como somos teimosos perguntamos: Mas isso não era só para os judeus?

Paulo, mais uma vez, responde pacientemente:

“Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; ” (v22,23)

Bom talvez isso ainda não fique tão claro, mas há uma explicação.

Nicodemos, uma autoridade da época, inteligente, estudado, também não entendeu.

Jesus disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. ” (João 3.5,6)

A partir disso, concluímos que é necessário haver um processo de conversão da natureza carnal para a natureza espiritual.

Todo crente precisa passar por um processo de conversão.

Ficamos com as palavras de Paulo:

"Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; " (Rom 5.1)


“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. ” (Tito 3.7)

nEle e por Ele!

Abraços

2 comentários:

  1. Muito bom!!!!!
    Filho de crente não é "crentinho"!,
    É homem, tem natureza pecaminosa, é invejoso, mentiroso, arrogante, etc....
    Bom não ter ido ao "mundão", mas isso não significa ser santo, nem cristão genuíno...Tem que refletir!....Existem ídolos que criamos, e ser de Cristo significa render-se à Ele, reconhecer quem somos, e aceitar quem Ele é, deixá-lo ser Senhor em nossas vidas....
    Parabéns Filipe.....

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  2. Esse conceito de "não-conversão" é típico de seitas. Exitem muitas seitas que pregam a mudança de hábitos, ou de estilo de vida, sem contudo significar conversão, como a bíblia explica.
    No meio evangélico encontramos essa tendência nas igrejas batistas e nas neo-pentecostais, que estimulam as pessoas a aceitarem Jesus, através de apelos (muitas vezes carregados de muita emoção).
    Observem que o apelo reduz a soberania de Deus ao capricho do incrédulo que pode aceitar ou não a Jesus, implicando no fato de que Deus não tem qualquer possibilidade de salvar qualquer pessoa, se esta não quiser ser salva.
    Além do mais o apelo é seguido de uma classe de "novos crentes" que superficialmente ensina algumas coisas básicas, mas trabalha profundamente o comportamento e a rede de amizades da pessoa, pois acredita-se na alienação e isolamento do novo crente, como ferramenta principal para que ele tenha um novo comportamento social...
    Sendo essa uma realidade nessas igrejas podemos afirmar que o próximo passo, depois dessa falsa teologia sempre, é o batismo e a pessoa já é considerada "irmão".
    No caso específico dos filhos desses crentes adota-se uma teologia mais perversa ainda, onde este perdido que vive dentro da igreja nem sequer precisa confessar a Jesus como senhor da sua vida e nem se arrepender de seus pecados, e nem pensar em algum compromisso de submissão à Palavra de Deus...
    Juntamos tudo isso, colocamos no liquidificador, e temos igrejas beirando a linha da apostasia, pelos testemunhos e pelos estudos bíblicos... agora se isso chega aos púlpitos, bem, aí é apostasia mesmo..é hora de abandonar o barco, pois ali não se pode mais louvar a Deus!!

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