quinta-feira, março 04, 2010

10 Mentiras sobre Deus - Primeira Mentira: Deus é tudo o que queiramos que seja






PRIMEIRA MENTIRA - DEUS É TUDO O QUE QUEIRAMOS QUE SEJA

Fomos criados com uma carência espiritual.

Admitindo ou não, nascemos para buscar um sentido, fomos criados com uma carência espiritual. Atrás desses anseios está a nossa busca por Deus.

Algumas das mentes mais brilhantes afirmaram essa necessidade.

Henry Scougal escreveu “A Alma do homem [...] tem dentro de si uma profunda e inextinguível sede”.

O filósofo Blaise Pascal, contemporâneo de Scougal, uniu sua voz à dos que sabiam que somente Deus pode satisfazer o coração humano. Disse que o homem tenta inutilmente preencher o vazio de sua alma com as coisas que o cercam: “Desse modo, busca em vão e não acha nada que possa ajudá-lo, encontrando apenas um abismo infinito que só pode ser preenchido por aquele que é infinito e imutável. Em outras palavras, esse vazio somente pode ser preenchido por Deus”.

A humanidade sempre buscou a Deus, mas, em nossa era pluralista, devemos perguntar: Que Deus devemos buscar? Onde podemos encontrá-lo? E como sabemos que já o encontramos?



DE DEUS AOS ÍDOLOS

“Eu acredito em Deus”, talvez seja a afirmação mais sem sentido que se possa fazer hoje. A palavra Deus tornou-se uma tela sobre a qual qualquer pessoa sente-se livre para pintar a própria imagem do divino. Para alguns, é uma “energia psíquica”; para outros, é “tudo o que é mais forte que eu” ou “o poder interior que nos leva à consciência mais profunda”. Dizer “eu acredito em Deus” pode simplesmente significar que estamos vendo a nós mesmos em um espelho de corpo inteiro.

Portanto, como devemos começar nossa jornada em busca de Deus?

O teólogo suíço Karl Barth estava certo ao dizer que existem apenas duas maneiras de se obter conhecimento de Deus: uma delas é começar pelo homem e elevar a razão; a outra é começar por Deus e aceitar sua revelação a nós.

Revelaremos alguns conceitos de Deus não dignos dele: idéias que brotaram do coração humano, imagens idólatras, resultado dos desejos naturais da mente. Donald McCullough disse:

Quando a verdadeira história for contada, seja luz parcial da perspectiva histórica, seja na luz perfeita da eternidade, é bem possível que seja revelado que o pior pecado da igreja no final do século XX tenha sido a banalização de Deus [...] Preferimos a ilusão de uma deidade mais segura e, assim, reduzimos Deus a proporções mais manejáveis.

Toda vez em que começamos pelo homem e elevamos a razão, fabricamos um ídolo. Nossa tentação é convidar a entrar em nossa mente idéias sobre Deus simplesmente erradas ou que se tratam de noções que o diminuem. A idolatria é mais do que dançar em volta de uma estátua de prata ou de ouro; é a construção mental de um deus que tem pouca semelhança com o Deus verdadeiro. Idolatria é dar respeitabilidade às nossas opiniões sobre Deus, formada à nossa imagem e semelhança. É forjar uma idéia sobre Deus de acordo com nossas inclinações e preferências. É reduzir Deus “a proporções manejáveis”.

No Antigo Testamento, o salmista contrastava os ídolos como o Deus que conheceu pela revelação pessoal. Note a diferença:

O nosso Deus está nos céus,
e pode fazer tudo  o que lhe agrada.
Os ídolos deles, de prata e de ouro,
são feitos por mãos humanas.
Têm boca, mas não podem falar,
olhos, mas não podem ver;
Têm ouvidos, mas não podem ouvir,
nariz, mas não podem sentir cheiro;
Têm mãos, mas nada podem apalpar,
pés, mas não podem andar;
e não emitem som algum com a garganta.
Tornem-se como eles aqueles que os fazem
e todos os que neles confiam. (Sl 115.3-8)

Existem razões para que optemos por nossas idéias sobre Deus.
Os israelitas fizeram o bezerro de ouro no deserto, pois ficaram impacientes com a demora de Moisés na montanha. (Ex 32.1)

Portanto a primeira razão para existência de tantas idéias idólatras com relação a Deus hoje em dia: é que estamos impacientes por causa de seu silêncio diante desta era confusa. Achamos que se Deus fosse realmente o Todo-Poderoso deveria colocar um fim no sofrimento do mundo. E, assim, construímos um deus que tolera o mal pelas mesmas razões que nós, ou seja, porque não pode fazer quase nada em relação ao mal. Ou então, nos afastamos da realidade e dizemos que o mal não existe.

É preciso admitir honestamente que um crescente número de pessoas acha que a igreja é irrelevante. Bem, isso significa que o Deus cristão é visto como irrelevante. Além do mais, o Deus da Bíblia é exclusivo: ele parece ser tão exigente que, no momento que você passa a conhecê-lo, ele começa a levantar “questões sobre pecado”. Por nos ressentirmos com essa intrusão, preferimos um Deus que possamos manejar. Não um Deus onipotente, mas uma divindade aceitável, dedicada a nos ajudar a alcançarmos nosso potencial humano.

Assim, a segunda motivação para a idolatria é o fato de querermos um Deus mais tolerante conosco, menos exigente, menos “julgador”. Não queremos ser repreendidos, queremos apoio para seguir em nosso próprio caminho. Dessa forma, queremos um Deus que não vá interferir no cerne da nossa vida.
Continua...

Erwin Lutzer é mestre em teologia pelo Seminário Teológico de Dallas e pastor da histórica Moody Memorial Church, em Chicado, EUA. É autor de vários livros, incluindo A serpente do paraíso, De pastor para pastor, 7 razões para confiar na Bíblia e Um minuto depois da morte, todos publicados pela Editora Vida. Reside em Chicago, com a esposa e três filhos.

Um comentário:

Contribua, comente, opine, discorde, argumente!
Não sou dono da verdade, Jesus é a própria Verdade! Na maioria das vezes são textos e vídeos para reflexão. Todo o conteúdo, obrigatoriamente precisa ser firmado na Palavra. Tudo aqui é para a Honra e Glória dEle!
Deus abençoe você leitor!

ShareThis

Ratings

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails