segunda-feira, agosto 31, 2009

Se nascemos de novo, como podemos permanecer em pecado?

Impressionante o foco que é dado em púlpito, sobre a natureza carnal do “crente”.

Incansavelmente, dizem assim: “Deus te aceita como você é, pecador. Não vai te amar menos, por que você pecou. Não sofra por causa disso. Jesus morreu para te libertar desse sofrimento”.
Outros dizem: “Todos pecam, eu peco, você peca”.

Crendo que há boa, mas ingênua intenção, para com os “não alcançados”, esse tipo de abordagem é demasiadamente perigosa, visto que, para muitos, isso pode soar quase como: “Amigão, não se preocupe, por que não tem jeito, você sempre vai pecar, não precisa sofrer por causa disso. Afinal você não tem culpa, é a sua natureza. Deus é amor e te aceita assim. Jesus levou toda sua culpa. Venha aqui na frente para se sentir melhor”.

E então? É tudo mentira?

Realmente todos somos pecadores, é o que a Bíblia nos diz em Romanos 3.23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”

Bom, se todos pecaram, por que me incomoda o fato de estarem “batendo nessa tecla”? Alguns podem estar pensando: “Você está falando de salvação por obras da lei. Não é só pela graça que somos salvos?”

Quero chamar a sua atenção para uma questão posterior a salvação, isso nada tem a ver com o motivo da salvação, pois não estamos aqui falando de salvação, afinal essa etapa já passou, não é?

A questão é: Se, já fomos então justificados pelo sangue de Cristo através da infinita graça de Deus, pode um “crente” viver na vida de pecado e nada mudar?

Paulo diz: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Romanos 6.1-2

Certo pregador uma vez disse: “Como podemos ter um encontro com algo tão grandioso como Deus, através de seu filho, Jesus, e continuarmos do mesmo jeito? Poderia você ter um encontro com um caminhão em alta velocidade e permanecer intacto?”

Paulo seguindo em sua carta aos Romanos: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” Cap 6.11

Quando temos um encontro real com Deus, morremos para o pecado. E morrer para o pecado significa mudança de vida, não?

Quando o evangelho é pregado parcialmente, e dessa forma, com um “pseudo-amor”, quase sou convencido que é melhor largar a mão de sofrer por ter uma natureza carnal, já que nunca vou conseguir me livrar dela. E se a graça me foi dada assim, de graça, por que então me preocupar? Eu já não vou pro céu? Não preciso fazer mais nada.

Mas por que Paulo então escreve tal recomendação em seguida?

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Romanos 6.12-13

Como é possível?

Caros amigos, isso só é possível por que, além de sermos libertos da servidão do pecado, nos tornamos servos da justiça!!!

Paulo continua: “... Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação... Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” Romanos 6.19,22

Se nada te dói quando você comete um pecado, há algo de errado aí, não é?
Talvez você não tenha se dado conta que ainda não se tornou servo da justiça.

Mas corra, ainda há tempo.

Lembre-se:

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6.23


Abraços a todos e que o Espírito de Deus esteja com vocês.

2 comentários:

  1. Se uma pessoa REALMENTE deixou Jesus entrar na vida dela, sempre haverá mudanças! Porque é como o exemplo do caminhão, não tem como ficar intacto. Não tem como a natureza pecaminosa ficar intacta. O problema é que as pessoas demoram a deixar Jesus entrar na vida delas. Elas ficam divididas entre o prazer do pecado (o pecado é prazeroso sim! Prazer a curto prazo! E é sempre isso que a gente busca, não é? Prazer imediato!)e uma vida de santidade, que seria um prazer a longo prazo. Quando uma pessoa sai do mundo pra entrar numa vida de santidade, geralmente é difícil, porque ela muda radicalmente de comportamento, e as vontades do passado ainda prevalecem...Leva um tempo para a pessoa perceber e realmente sentir o prazer verdadeiro de se viver uma vida de santidade. Por isso a longo prazo. Ainda mais hoje em dia, um ritmo de vida imediatista, em que as pessoas querem tudo na hora.

    Que nós possamos ser curados das ansiedades da vida, e caminhar com tranquilidade, sem pressa em direção a luz de uma vida de santidade.

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  2. Crendo que há boa, mas ingênua intenção, para com os “não alcançados”.
    Será mesmo que há boa intenção?? será possível que homens que se levantam em nome da Palavra de Deus, em nome do próprio Deus estejam com boas intenções quando proclamam mensagens que destoam da Verdade bíblica?
    Acredito ser mais claro que existe segundas intenções, existem interesses pessoais, existem princípios de apostasia.
    Utilizar o conceito da pos-modernidade tem sido a grande descoberta de grande parte dos líderes religiosos, onde podem ser amáveis, simpáticos, politicamente corretos com o público e com isso ganham admiradores e fãs, que em cada final de culto sai cheio de si, mas satisfeito com o que ouviu.
    Boas intenções? INGÊNUAS??? Não mesmo!!!

    A Tatty comentou que: "O problema é que as pessoas demoram a deixar Jesus entrar na vida delas.".
    Nascer de novo não combina com demorar deixar Jesus entrar!!!!
    Ou a criança nasce ou não nasce.
    Como poderia Jesus ser barrado por nós para entrar em nossas vidas?
    "Espera Jesus, o senhor vai entrar devagar na minha vida."
    Se for assim, quem é mais Deus, nós ou Ele??

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