Uma surpresa nem sempre é agradável!

Um fato chocou a Barra da Tijuca e boa parte do Rio de Janeiro no último final de semana.

O acidente de automóvel envolvendo dois jovens rapazes ocorreu por volta das 7h da manhã no último domingo. O carro, uma BMW, dirigida por um jovem possivelmente embriagado, ao entrar numa curva, a cerca de 220km/h (segundo os peritos), rasgou o meio fio e bateu num poste, fazendo com que o carro partisse ao meio. A parte dianteira do carro foi parar aproximadamente 100 metros a frente do local do acidente, enquanto o restante do carro queimava envolto ao fogo juntamente com os dois jovens em seu interior.

De repente o mundo desabou para aquela família.

A mãe do menino gritava aos prantos no local do acidente: “Quem trouxer meu filho de volta ganhará uma grande recompensa...”.

Infelizmente ninguém poderá ganhar esse tal prêmio. A vida teve seu fim terminou ali.

O pai do rapaz que dirigia o veículo, um milionário, dono de 8 postos de combustível, era admirado por muitos colegas do colégio onde estudava seu filho, agora falecido, por ter presenteado o menino de apenas 17 anos com um carrão. Mas depois desse terrível acidente, nem todo seu dinheiro poderia trazer de volta o seu bem mais precioso.

Uma tragédia sempre causa impacto e possibilidade de percebermos que a vida aqui na terra passa rápido. E mais ainda se entendermos que ainda que morramos podemos viver, assim também, podemos estar mortos enquanto viver. (Efésios 2.1-6)

É por isso que Jesus nos diz com urgência em sua Palavra: “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida...” Lucas 21.34a

Nesse texto Ele enfatiza três perigos que podem tomar conta de nosso coração.

O primeiro, GLUTONARIA que no dicionário quer dizer sofreguidão, que por sua vez significa ansiedade, impaciência, ambição. E não é de fato isso que nos consome? Agitação!

Um carro á 220 km/h.

O segundo é a EMBRIAGUEZ, ou seja, estado de quem está embriagado, bêbado, dominado por entusiasmo exagerado, êxtase.

Esse talvez seja o estado mais comum entre os crentes que viram as costas para a Verdade. Trocam o relacionamento com Deus, a vida de oração e leitura da Palavra, por horas de papos furados e tardes de vidas desperdiçadas ao som de risos vazios.

Esses perderam a noção dos perigos espirituais (se é que algum dia tiveram) tornando-se cegos com as diversas ofertas desse mundo.

Talvez aquele garoto tenha perdido a noção do perigo ao beber, levando-o ao acidente.

O terceiro e talvez o mais imperceptível laço do inimigo, são os cuidados da vida.

E é por isso que Jesus nos exorta, em Mateus 6.25-27: “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso” O final do texto diz: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” .

Incrível como invertemos as prioridades, não?

Voltando ao texto anterior, em Lucas 21, Jesus diz o que devemos cuidar para que essas coisas não tomem nosso coração e “aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço”. (v34b)

Numa linguagem mais simples poderíamos dizer “para que o dia final não os pegue de surpresa como uma armadilha”. Assim como foi o último domingo para aquele rapaz.

Ah! E não pense você que alguém poderá escapar desse dia, pois o Senhor diz: “Porque há de vir sobre todos os que habitam na face da terra”. (v35)

Mas o Mestre sempre compassivo e misericordioso nos dá a orientação para que não sejamos pegos de surpresa. “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer.” (v36a)

Jesus sabe que situações perigosas, arriscadas e difíceis estão por vir. Ele orienta: Vigiai e orai. Quando? “Em todo tempo”.

Quase posso ouvi-lo gritando: “Não durmam, não durmam!”.

Ele finaliza o texto com uma ilustração do estado de quem ouve Suas palavras: “e estar em pé na presença do Filho do homem.” (v36b)

O “estar de pé”, representa o fato de não se encontrar envergonhado diante do Deus Santo.

E eu pergunto a você: O que pode ser mais vergonhoso e atemorizador que estar diante do Senhor no juízo final, com uma vida cheia de pecados? Pecados de estimação, aqueles que você não abre mão, pecados não confessos, mesmo depois de tantos avisos que Ele próprio, o Cristo, se encarregou de nos conceder?
“E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” (João 3.19)

Você está preparado?

Lembre-se do jovem motorista que foi pego de surpresa e faleceu em meio às chamas.

O próximo pode ser você!

Não desperdice sua vida!!!